sexta-feira, abril 13, 2007
segunda-feira, abril 02, 2007
Os Pontos Finais
Nunca sei o que dizer nos finais. Sou péssimo nisto.
A tentativa é que sempre saia algo neutro, consolador, sensato e sábio.
É o pior a fazer, ninguém cai nessas.
Palavras sempre acabam resvalando na inutilidade, é muito fácil, uma distração e elas são inúteis.
Palavras são simulacros, um eco de idéias e sentimentos, facilmente deturpáveis. São a abstração das coisas da vida, um conceito racional.
São a imitação, a racionalização da vida.
"desculpe" e "sinto muito" são palavras velhas e aleijadas. Não servem para finais.
Perderam o seu significado de tão banalizadas.
Não consegui pensar em nada melhor.
Novas palavras tem que ser inventadas para registrar as coisas mais profundas com eficácia. Ou antigas palavras serem redescobertas. Palavras virgens ainda.
Estas que existem não são mais suficiente.
Existem palavras mais adequadas, não sei se a quem interessa vai ler tudo isto ou não.
Foi bom enquanto durou.
Mesmo.
Eu deveria ter dito só isto em vez de pilhas de palavra.
Fábio Ochôa
A tentativa é que sempre saia algo neutro, consolador, sensato e sábio.
É o pior a fazer, ninguém cai nessas.
Palavras sempre acabam resvalando na inutilidade, é muito fácil, uma distração e elas são inúteis.
Palavras são simulacros, um eco de idéias e sentimentos, facilmente deturpáveis. São a abstração das coisas da vida, um conceito racional.
São a imitação, a racionalização da vida.
"desculpe" e "sinto muito" são palavras velhas e aleijadas. Não servem para finais.
Perderam o seu significado de tão banalizadas.
Não consegui pensar em nada melhor.
Novas palavras tem que ser inventadas para registrar as coisas mais profundas com eficácia. Ou antigas palavras serem redescobertas. Palavras virgens ainda.
Estas que existem não são mais suficiente.
Existem palavras mais adequadas, não sei se a quem interessa vai ler tudo isto ou não.
Foi bom enquanto durou.
Mesmo.
Eu deveria ter dito só isto em vez de pilhas de palavra.
Fábio Ochôa