Quadrinhos

Andei produzidos histórias em quadrinhos para outros projetos neste intervalo de tempo.

Foi bom, andava tão focado na escrita que havia deixado eles relegados a uma espécie de segundo plano criativo durante um bom tempo.
Apesar de ter passado os últimos três anos vivendo exclusivamente de meu trabalho como desenhista.

Hoje as coisas estão mais equilibradas, a escrita e os desenhos garantem o pão na mesa.

Por algum motivo qualquer custou até eu achar um mérito em desenhar... talvez por ter sido uma das minhas primeiras aptidões a surgirem e eu sempre ficar na escola com a marca de "ah, é o desenhista" e consequentemente chamar atenção para minha pessoa.
E quando você é criança, pior, uma criança tímida (TODO desenhista é tímido, aprendemos a lidar e disfarçar isto com o tempo, mas todo é tímido), chamar a atenção de alguém, mesmo que positivamente, é a pior coisa do universo.

Tudo isto ajudou a criar uma auto-imagem de desenhista.
Desenhar nunca demandou muito esforço, escrever sim. Tive que aprender a fazer isto, talvez por isso eu valorize mais a escrita.
Injustamente até.

A segunda imagem faz parte de uma hq de 4 páginas roteirizada por Domênico Niemeyer, gostei tanto da idéia que encampei-a.

A segunda, de um conto de horror de sete páginas, que seré publicada em breve, onde as crianças poderão aprender uma valiosa lição:
Nunca, NUNCA confie em um bode que fala!

Fábio Ochôa