segunda-feira, janeiro 22, 2007

David Lynch salva o mundo

Volta e meia eu fico, como diria a Fabi, “carboizado”com as coisas – tradução para meus leitores: Carboizado, do dicionário de gírias esdrúxulas entre duas pessoas: estupefato, tanto que se fica em estado de choque bovino, boi, carbonizado, de puro espanto, entendeu? Não? Nem eu. – Voltando a fita: volta e meia me deparo com fatos que me deixam carboizado com as pessoas, com a vida, com o mundo.

Minha última carboização ocorreu há poucos dias, sendo mais específico, com a bondade extrema dos astros hollywoodianos.

Desta vez, o homem que se pronunciou para ajudar as pessoas deste nosso mundão tão castigado foi David Lynch, diretor de Veludo Azul, O Homem-Elefante, Coração Selvagem e outras bizarrias boas ou nem tanto, que declarou ter um plano infalível para salvar o mundo, quiçá, o universo!
Atentem para a genialidade sutil que atravessa a mente deste homem: Lynch se propôs a fundar templos de meditação, onde meditantes (esta palavra existe?) assalariados vão enviar tantas energias positivas ao mundo que em breve estaremos entrando em alguma era de aquárius ou algo do gênero.

Que legal da parte dele. De tão comovido já enviei meus restos da janta de ontem e o que sobrou do meu salário do mês –segundo meus cálculos, exatamente R$ 1,65- para contribuir com a nobre causa.
Lynch, o homem que quer pacificar o mundo através da meditação, explica que seu nada ambicioso projeto – isto foi ironia - consiste em construir sete palácios de paz ao redor do mundo, tendo em cada um deles 8.000 pessoas pagas para meditar pela paz universal.

Ele já levantou 1 milhão de dólares para o projeto, que terá um custo total de 7 bilhões de dólares.

Nestas horas eu me sinto tãããão normal...

Fábio Ochôa