Vai um mangá aí?




Leitor de hq é uma raça lastimável, falo com propriedade e conhecimento de causa, sou um deles.
No meu tempo de criança eram os marvetes contra os DCnautas – e os saudosistas derramam uma lágrima de emoção – e ambas as facções torcendo o nariz para Disney e Mônica, como se marombados superpoderosos vestindo colantes fosse lá uma coisa muito madura, na minha adolescência, era a os fãs de material europeu e Vertigo contra os super-heróis, cresci e vejo os fãs de mangá contra os fãs de comics, e vice-versa.
É o bom e velho preconceito fazendo meio mundo perder boas histórias. Fazer o que
Poderia fazer um discurso dizendo que não existe bons e maus estilos de fazer hq, mas sim bons e maus autores, mas acho que sensatez intoxica. Fiquemos quietos.
O que exatamente uma coisa tem a ver com a outra, não sei. Estou ficando velho e esclerosado.
Vamos aos mangás então:
O Vampiro que Ri-
Não estava lá muito a fim de ler, sempre tenho um desconfiômetro imenso com as “revelações” do underground, talvez tanto quanto eu tenho com os produtos da mídia mainstrean.
Geralmente as obras underground sempre ecoam um grande vazio, embalados em uma banalização gratuita do choque, do sexo e da violência.
Antes que algum defensor aguerrido do underground resolva pendurar minhas bolas na ponta de uma lança, já aviso que estou generalizando.
Mas, além da brutalidade, o que me fascinou nela foi seu clima estranho, onírico, indefinível... a mesma sensação que tenho ao ver Nosferatu sair das sombras... aquela coisa de pesadelo subconsciente que ficou da infância... a mesma sensação que tenho ao ouvir algumas músicas do Pink Floyd... aquele algo indefinível, pesado, que escapa às palavras.
Mas sempre fascinante.
Aquela coisa que só as obras de arte tem.
Me pergunto o que levou a Conrad a publicar este livro, um prato para poucos paladares. Uma aposta arriscada, mas que acabou vingando.
Prova de visão e ousadia, coisa rara em nosso mercado editorial.
Não deixa de ser curioso notar que todos os quadrinhos-underground-marginais-do-mal-contra-este-sistema-decadente-podre-capitalista, sempre vêm em formato luxuoso e caros pra cacete.
A primeira coisa que li dele foi Dragon Ball, com a nobre missão de coletar material para falar mal com base, porém, acabei gostando da história, o que aliás quase me fez procurar ajuda profissional ou terapia com drogas.
Depois veio Dr. Slump, que é cientificamente impossível de não gostar.
Leitura leve e pra lá de recomendada. Genial à sua maneira.
Uzumaki-
Digamos que não são lá muitas pessoas que vão ficar confortáveis com a visão de um bebê sendo costurado de volta dentro da barriga da sua mãe.
Japonês quando resolve ser doentio, sai de baixo (nada pessoal, Carol).
Como se não bastasse tudo isto, ainda descobri que Uzumaki virou filme no Japão.
Fiquei querendo ver, embora não sei se meu estômago está preparado para ver bebês costurados, grávidas bebendo sangue de doentes (com direito a furadeira no pescoço), homens-caracóis e meninas com buracos na cabeça, onde os olhos rolam soltos.
Ê povinho creepy.
Yeach!
3 Comments:
preâmbulo= tú tá ficando, além de velho, muito nogento!
Que nem eu... :-)
Abraços.
Juno
preâmbulo= Além de velho, tú tá ficando nogento! Que nem eu! :-)
Abraços...
Juno
Todos os 3 show de bola!
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